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Jurema

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A tradição da “Jurema”, é uma das mais antigas do Brasil, vindas do encontro de muitos saberes e práticas ancestrais.


Conta a história dos primeiros Mestres Juremeiros que a prática surgiu no contexto das Pajelanças Indígenas do Nordeste. Os povos originários já utilizavam a Jurema em seus rituais secretos, como um portal para falar com os ancestrais e guias espirituais.


Com o tempo, essa sabedoria foi ensinada e sincretizada com a espiritualidade dos escravizados africanos e dos mestiços. Nos antigos sertões, longe da fiscalização colonial, pajés indígenas e curandeiros africanos (os primeiros "Catimbozeiros") se reuniam em segredo. Eles compartilhavam o cachimbo e o vinho da Jurema, criando um novo sistema de fé e cura.


A Jurema, que já era árvore sagrada para muitos indígenas, se tornou a rainha dos mestres e a força unificadora de um novo culto — um sistema que preservou a Pajelança sob o nome de Catimbó, mantendo a medicina vegetal como eixo central de todos os trabalhos de cura, aconselhamento e justiça.


A expressão "Povo da Jurema" é a reverência e a homenagem feita aos mestres juremeiros e entidades espirituais que trabalham dentro das Casas de Jurema, do Catimbó e das Casas de Aruanda.


Essa tradição surgiu justamente quando os pajés indígenas ensinaram aos brancos e mestiços os mistérios da pajelança. A Jurema nos terreiros é um culto de Mestres e Mestras, que são espíritos de figuras históricas (como Zé Pilintra, Zé Malandro, Malunguinho, Maria Navalha, Negro Gerso, Mestra Paulina, Maria Fumaça, Maria do Acais, Mestras Malandras, Maria farrapo, Quitéria, Maria Mulambo…dentre muitas e muitos), que chegam para curar, benzer e aconselhar, unidos pela força do Vinho da Jurema e da fumaça do cachimbo, formando a ciência do catimbó, trabalhando juntos para desmanchar feitiços, curar doenças, orientar filhas e filhos com a sabedoria simples e profunda do povo nordestino. Eles são a prova viva de que a magia reside na fé e na sabedoria popular.


A Jurema atua como o veículo, um cavalo sagrado que transporta a consciência do praticante para a dimensão dos espíritos. A bebida permite que o médium entre em comunicação com esses ancestrais e mestres, que são o verdadeiro "Povo da Jurema".


Em essência, a Jurema se estabeleceu nos terreiros porque ela é o tronco de luz que uniu o saberes indígenas, africanos e populares, criando um culto único, onde a força da planta abre o caminho para a sabedoria das mestras e mestres.


O vinho, o cachimbo (fumo/tabaco) e o maracá são elementos essenciais que juntos materializam as preces e a plena energia de paz, empatia e cura do Povo da Jurema.


É uma medicina que une, cura e muita sabedoria.


Salve a força da Jurema e de todo seu povo!


Obrigada por ter lido até aqui! Agora aproveito para ofertar um hino recebido na força da Jurema!



De onde saíram esses tem outros mais, segue aí a pasta no soudclound - Hinário Busca da Visão - o Chamado das Montanhas.

Aho!


Madrinha Lua


Espero que tenha gostado deste artigo!


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